Manaus - O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) terá R$ 13,833 milhões disponíveis para fazer a eleição deste ano no Amazonas. Se a previsão de custo for realizado, representará uma leve redução de 0,2% em comparação com o pleito de 2014, que custou R$ 13,870 milhões para Justiça Eleitoral. Enxugar os custos promete ser a palavra de ordem para a organização do pleito deste ano, segundo o diretor-geral do TRE-AM, Messias Andrade. O diretor-geral do TRE-AM afirma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia anunciado um corte nas despesas das eleições deste ano, mas voltou atrás na semana passada, mantendo os valores já acertados para os tribunais regionais. “Inicialmente, o TSE havia anunciado um contingenciamento para todos os tribunais de cerca de 30% a 35%. Antes do contingenciamento, tínhamos feito um orçamento de R$ 13,7 milhões, que caiu para R$ 11,733 milhões, e fizemos toda a nossa base de cálculo para aquisições em cima dos R$ 11 milhões”, explicou. Segundo Messias, com a chegada do ministro Gilmar Mendes à presidência do TSE, houve uma negociação com o Ministério do Planejamento e o Amazonas voltou a ter os R$ 13 milhões previstos. “No mundo ideal, iríamos fazer a eleição com R$ 16 milhões ou R$ 17 milhões, mas fizemos uma readequação e chegamos a fechar o nosso orçamento dentro dos R$ 11 milhões. A gente consegue fazer a eleição com os valores dentro do preço do mercado, assim como atender todas as zonas eleitorais do interior com o quantitativo de pessoas necessárias para realizar as eleições e vamos fazer licitação dos meios de transporte, sejam os mais complexos, como helicópteros, ou a logística de entrega de urnas dentro do valor de mercado”, afirmou Andrade. Supressão de contratos e convênios com órgãos governamentais são algumas meta do TRE-AM para o pleito deste ano, em busca de uma eleição com menos custo. “Tínhamos contratos que serão suprimidos, encontramos outra logística para fazer determinadas ações, como a transmissão de dados na capital, onde contratávamos técnicos específicos para fazer isto, mas neste ano, faremos esta transmissão com os coordenadores de cada sessão eleitoral”, afirmou. A logística de entrega das urnas também será modificada, assim como o transporte para localidade de difícil acesso. “Nos antecipamos em quatro meses para esta contratação e estamos tentando fazer esta contratação direta com o Ministério da Defesa e os orçamentos que eles nos apresentaram representam uma redução de 50% neste tipo de transporte para o interior”, disse. Ainda no interior do Estado, o tribunal pretende reduzir os técnicos de transmissão de dados. Fato que, segundo o diretor-geral do TRE, não afetará a qualidade dos serviços nem atrasará a apuração dos votos. “Antes, nas localidades distantes, até uma de barco da sede do município, a gente utilizava o equipamento para transmitir os dados via satélite, chamado Began. Neste ano, vamos usar como métrica três horas de distância de barco para usar os Begans. Até antes, a pessoa pode vir de voadeira e fazer esta transmissão de forma segura”, disse. As maiores despesas para realizar as eleições são o transporte de urnas, que utilizará avião, barco e helicóptero, além dos técnicos. Outro fator que encarece as eleições, segundo Andrade, é a contratação dos técnicos para fazer a transmissão e fazer a manutenção das urnas. Estas despesas representam até 60% dos custos da eleição.As urnas eletrônicas que serão usadas na eleição deste ano no Amazonas começam a ser organizadas para serem enviadas às cidades-polos na primeira semana de julho e começam a ser, efetivamente, distribuídas nos primeiros dias de agosto para serem armazenadas nas cidades-polos das calhas de rios, segundo cronograma de trabalhos do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), ao qual o DIÁRIO teve acesso.Segundo o chefe da Seção de Urnas Eletrônicas do TRE-AM, técnico judiciário Edrei Fabrício de Souza, a distribuição das urnas para Manaus inicia em 17 de setembro e a entrega das urnas nos locais de votação da capital acontece em 29 e 30 de setembro, dois dias antes da eleição, marcada para acontecer em 2 de outubro, um domingo.“Ainda em julho, iremos triar as urnas e semana para cada lugar onde elas serão deslocadas. Em agosto, eu comando a saída das urnas e em setembro as urnas irão para o interior para serem preparadas pelos nossos servidores e, paralelamente, estaremos preparando as urnas na capital também”, disse o chefe da seção.Ainda segundo Fabrício de Souza, no Amazonas, serão utilizadas mais de 8 mil urnas neste ano. “Isto já contando com as urnas reservas, porque serão por volta de 6.500 seções e cada seção utiliza uma urna. Quer dizer, ainda vai sobrar muitas urnas”, frisou.Na semana passada, o presidente do TRE-AM, Yêdo Simões, participou de um evento do tribunal em Itacoatiara, distante 175 quilômetros de Manaus, onde falou sobre as dificuldades logísticas no Amazonas. “Vivemos num Estado de dimensões continentais e, por conta disso, temos grande dificuldade de logística. Os obstáculos existem, mas não mediremos esforços para tirar as zonas eleitorais do isolamento. Para isso, faremos a melhoria dos links de dados nas zonas eleitorais do interior. Nosso objetivo é fazer contratação de links de alta latência, de acordo com a disponibilidade de tecnologia para o município”, disse o presidente, durante o evento em Itacoatiara.

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