O esgoto urbano propriamente dito tem origem nas tarefas doméstica e necessidades fisiológicas dos seres humanos e animais domésticos no dia a dia. A água de esgoto é formada pela água servida, utilizada nas atividades diárias, como lavar a louça, roupas, tomar banho, descargas nos vasos sanitários, que canalizadas se misturam e formam o que chamamos de esgoto. Além da água servida, o esgoto contém dejetos (fezes, urinas) e, se não receber o tratamento adequado, contamina o meio ambiente e prejudica a saúde pública. Por isso, o tratamento de esgoto é um serviço importantíssimo para a qualidade de vida da população. Os bueiros, também chamados de valetas, sarjetas, sumidouros, são as valas, geralmente localizadas ao longo das vias pavimentadas, para onde escoam as águas da chuva drenadas pela galeria pluvial. A inexistência de uma rede de esgoto e bueiros ao longo das vias públicas, obriga-nos a convivermos com nossos próprios dejetos, uma vez que eles serão lançados ao ar livre ou canalizados para valas negras, a margem das vias públicas ou até mesmo, diretamente nas ruas e terrenos de nossas casas ou córregos que desembocam nos igarapés, lagos ou rios. O contato com o esgoto agrava os riscos de inúmeras doenças, dentre as mais comuns estão: poliomielite, hepatite, disenteria, ameba, diarreia, febre tifoide, febre paratifoide, cólera, amarelão, todas as espécie de lombriga, leptospirose (causada pela urina dos ratos) e etc. Essas doenças causadas pelo esgoto a céu aberto e inundações causadas pelas chuvas, afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais atingidas, especialmente nas cidades do interior do nosso Estado, que geralmente não dispõem de áreas de lazer adequada ou em quantidade suficiente para atender a demanda, obrigando nossas crianças a utilizarem os terreiros de suas casas ou as vias públicas, como local ideal para as suas brincadeiras, ocorre que meninos e meninas adoram brincar em dias de chuva, exatamente os dias de maiores riscos de contaminação. Mas, pior do que não ter uma rede de esgoto e bueiros, é ter e não cuidar adequadamente, é ter e não fazer a limpeza e a manutenção periódica, como está acontecendo com a rede de esgoto e bueiros de Carauari. Das caixas coletoras do esgoto, grande parte estão sem tampas, entupidas de lixo, quebradas ou com rachaduras; a tubulação que conecta a caixa de nossas residências a caixa coletora principal, algumas se encontram quebradas, propiciando o entupimento da rede. Com os bueiros, a situação não é diferente, a quase totalidade dos bueiros encontram-se quebrados, sem tampas, cheio de lixo, barro e areia, tubulação inadequadas e entupidas. Nos bairros de área plana como a Nova República, as inundações são constantes, tudo porque os bueiros não têm uma manutenção efetiva. Os Problemas com o esgoto sanitário e bueiros, sempre existiram, mas as Administrações anteriores mantinham uma equipe dedicada com sete pessoas experientes e conhecedoras dos problemas para fazerem a manutenção, limpeza e desentupimento da rede de esgoto e bueiros das vias públicas. Já no atual Governo, a coisa piorou de vez, o esgoto sanitário virou caso de polícia, um atentado a saúde pública, um drama para nós moradores que acreditávamos que a rede de esgoto, seria o fim dos dejetos despejados, nos terreiros de nossas casas, nas valas a céu abertos, nas sarjetas das ruas, nos córregos e no Lago do Sacado, pensávamos que a nossa saúde em especial a de nossas crianças estaria mais protegida, lerdo engano, os dejetos além de invadirem os terreiros de nossas casas, as ruas da cidade, os córregos e o lago do sacado, estão agora adentrando em nossas casas, com as redes de esgoto e bueiros entupidas, as águas da chuva sem saída, inundam as ruas, transbordam as caixas coletoras do esgoto, fazendo que todos os dejetos, retornem para dentro de nossas casas pela tubulação dos banheiros, a força d’água e tão intensa que estoura a tampa dos ralos, querem uma prova, venham em um dia de chuva, à Rua Duque de Caixas no trecho entre a esquina da Casa do Zé Eudo até a esquina do Tutano de Bode.

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