Editorial- QUALQUER CIDADÃO QUE PRECISAR DE UM EXAME MÉDICO DE URGÊNCIA E NÃO TIVER DINHEIRO, TEM QUE SE VIRAR NOS 30 OU MORRER COM A INFECÇÃO

Por Airton Siqueira, vereador pelo PRP 





Há tempo venho denunciando a dificuldade de se conseguir um exame médico de rotina ou urgência no Hospital de Carauari, um paciente com infecção urinária que no dia 17 de dezembro/2013, procurou o Hospital para realizar exame, só conseguiu agendamento para fevereiro de 2014. Para quem tem uma condição financeira, não é problema, vai a um laboratório particular e consegue rapidamente, mas quando for um pobre? Que só tenha a Bolsa família? Que não tem nenhuma condição de pagar esse exame? Como é que fica? O vai ter que pedir ajuda Divina? Ou ter que se humilhar para um Político? Coincidência ou não, as dificuldades de se conseguir um exame no Hospital, aumentaram depois da instalação de Clínicas e Laboratórios particulares na cidade, não estou fazendo acusação a ninguém, mas o fato nos deixa com a pulga atrás da orelha. Segundo informações dos próprios funcionários, em 2008 o hospital atendia a população com 40 a 50 exames diariamente, fora os exames extras (emergência), passados cinco anos, é lógico que a população da cidade cresceu, sabe qual foi a decisão da atual Administração? Reduziram a quantidade de exame pela metade, hoje o Hospital atende apenas 25 exames por dia, um contrassenso injustificável que requer do Prefeito, do Secretário de Saúde e da Direção do Hospital uma explicação. Muito embora os discursos proferidos por membros do primeiro escalão e Vereadores da base aliada, dizendo que a Saúde em Carauari melhorou, a prática mostra o contrário, o nosso Hospital apresenta enorme deficiência no atendimento a nossa população, especialmente no Pronto Socorro, onde pacientes que deram entrada no hospital andando, foram levados a óbitos, sem que tivesse a ajuda de um profissional médico, para prestar um atendimento digno, como tentar reanimar o paciente com o uso do desfibrilador, cito aqui o ocorrido com o meu colega de trabalho Peninha, que entrou andando no hospital e logo depois veio a falecer com uma parada cardíaca, o desfibrilador aparelho ideal e mais eficiente para reanimar pacientes nestas circunstâncias críticas, não foi utilizado porque naquele intervalo de hora, não havia um médico no Hospital, tem ainda os problemas com a ambulância, quando não está quebrada, está sem motorista, como pode um Pronto Socorro ficar sem ambulância? Como pode uma ambulância ficar parada no pátio por falta de motorista? QUE EM 2014 AS COISAS MUDEM.

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