Filha da Mata 

Por Maria Inês Pereira Nascimento 





Nasci em um seringal, sou filha da mata. 
Nadava no rio, corria na praia, 
brincava de roda, pulava fogueira, dançava ciranda. 
Meio índia, Meio bicho. 
Resisti a domesticação, 
que acabou vencendo, 
sufocando a emoção. 
Muitos sofrimentos após, a redenção: 
a ternura sufocada, 
palavra reprimida, 
liberdade vigiada, 
pulsa, pulsa coração liberta a emoção.

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