Por Airton Siqueira, Vereador de Carauari-AM pelo PRP 

Eu costumo dizer que o dinheiro do município nesse Governo é igual fogueira de índio, você não vê a lenha e o fogo, você só vê a fumaça. A SEMED-Secretaria Municipal de Educação, já recebeu de janeiro até hoje, quase 5 milhões de reais líquido, até final de abril, a receita vai beirar os 6 milhões, uma média de quase 1,5 milhões de reais mês. É muito dinheiro para quando não está se fazendo quase nada, com tanto dinheiro, não pode faltar: material didático - estêncil, álcool, papel A4, não pode faltar material escolar - lápis, caderno, borracha e cola para os nossos alunos, não pode existir escolas nas comunidades sem fogão, gás, merendeira e zeladora, não pode ter chalanas do transporte escolar precisando de reformas, não pode ter motores do transporte escolar precisando de revisão, não pode ter uma merenda de baixa qualidade e quantidade insuficiente, não pode ter escolas em ruínas como a da comunidade do Bom Jesus, porque a comunidade não vota no Prefeito. Não poderia a SEMED está explorando o trabalho escravo e o trabalho infantil em algumas comunidades, onde em algumas escolas as crianças de 09 a 12 anos é quem carrega água e varrem as escolas, as mães de alunos é que fazem de graça a merenda escolar, utilizando o seu próprio fogão e o seu gás, não deveria pais de alunos das comunidades ter de comprar gasolina para que o seu filho chegue até escola, se o município tem a obrigação de oferecer o transporte escolar, não poderia os alunos das comunidades estarem recebendo apenas metade da carga horária de aula, porque o Professor só recebe o valor de meia cadeira. Mas acredito que esses quase 1,5 milhões mês não devem ser suficientes para acomodar todos os compromissos políticos do Prefeito e da Secretária de Educação. Nossos diretores e professores municipais que não têm nada a ver com a gastança desenfreada, caso fossem no Faustão, não perderiam um “SE VIRA NOS TRINTA” porque é exatamente assim que eles estão se virando nas escolas, mendigando dos pais de alunos, estêncil, álcool, papel A4, caderno, lápis, borracha e cola, a lista de material é maior, mais só listei os que acredito ser de inteira responsabilidade do poder público, porque estêncil, álcool e papel A4 é básico do material didático, lápis, caderno, borracha e cola é básico do material escolar. Alguns Pais legitimamente indignados, descarregam suas insatisfação e desaforos nos Professores, o certo era pegar a lista e descarregar os desaforos em cima do Prefeito e da Secretária de Educação, porque são eles que administram o dinheiro. O Governo Federal sabendo da irresponsabilidade da maioria dos Prefeitos e Secretários com os recursos da Educação, criou primeiramente o FUNDEF, o Governo Lula extinguiu o FUNDEF e criou o FUNDEB, o Fundo foi criado exatamente para proteger parte dos recursos da Educação, dos 25% que os municípios têm que gastar com a Educação, cerca de 16% vem através do FUNDEB, esses recursos são protegidos por Lei, sua finalidade maior é a valorização do Professor, a Lei obriga os Municípios a aplicarem no mínimo 60% dos recursos do FUNDEB com salário dos professores, mas alguns Prefeitos e Secretários sabidinhos, estão driblando a Lei e o que era para valorização do Professor, em alguns municípios passou a ser a desvalorização do professor, porque os Prefeitos e Secretários estão entupindo suas Secretarias não de professores, mais de cabos eleitorais, especialmente naquelas Municípios onde os Secretários ou Secretárias não estão comprometidos com a Educação, mas sim com seu projeto político. Nesses municípios os Professores não recebem abono salarial, não recebem décimo quarto e décimo quinto salário a exemplo dos Professores do Estado, tem município que não paga nem o décimo terceiro em dia, tudo porque o dinheiro do FUNDEB, não é suficiente para pagar a legião desses cabos eleitorais, que estão se atropelando dentro das salas de aula, tem sala de aula com três professores. Eu que presenciei vários discursos das pessoas que hoje comandam a Educação do Município, criticando a qualidade da merenda escolar, os gorgulhos no arroz, feijão e macarrão, a sopa de conserva, o início do ano letivo que começava em março, criticando o material escolar distribuído, criticando o material didático, criticando as instalações físicas das escolas, criticando a não distribuição de fardamento, em seguida presenciei a promessas dessas pessoas se comprometendo a fazer tudo do bom e do melhor, Eu pergunto: Será que melhorou? Será que Eu estou sendo injusto com a administração municipal? Vocês alunos, vocês pais de alunos, vocês Professores municipais, saberão a responder, onde está a verdade. Quero aqui preservar todos os profissionais dedicados do nosso Município, exatamente esses campeões dos “Se vira nos trinta”, porque esses estão preocupados em oferecer uma Educação de qualidade, esses estão comprometidos com o futuro de nosso País e de nossos filhos, esses não estão preocupados apenas com o salário que irão receber, até porque eles têm capacidade suficiente para trilhar outras profissões, pois são devidamente capazes de enfrentar a concorrência do mercado de trabalho, são profissionais que amam o que fazem, a esses Eu não os chamo de Professores, a esses Eu os chamo de MESTRES. Como vocês sabem o Vereador aqui não fala lorota, aqui se mata a cobra e mostra o pau, vejam os valores recebidos pela SEMED de janeiro/2014 a 15 de abril de 2014: 

DESCRIÇÃO DAS RECEITAS VALOR RECEBIDO NO PERÍODO 
FUNDEB 3.845.283,74 
SAL. EDUCAÇÃO 174.057,36 
MERENDA ESCOLAR 71.888,00 
TRANSPORTE ESCOLAR 4.315,86 
PLANO DE AÇÃO ARTICULADA 94.264,57 
10% DO ICMS 300.332,96 
10% DO FPM 254.625,37 
TOTAL 4.744.767,86 

Não está incluído aí, o dinheiro dos convênios das Creches, o Governo Federal mandou dinheiro para construir as creches e mandou dinheiro para equipá-las, a administração não pode dizer que gastou dinheiro do município com equipamentos para as creches. Nossa Educação poderia está melhor, não fosse à fraca atuação dos Conselhos da Merenda Escolar, do FUNDEB e da Educação, infelizmente uma parte dos seus membros estão submissos ou coniventes com a administração municipal.

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