Manaus - Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o abastecimento de água representa apenas 33% da demanda total da região amazônica, sendo que o consumo estimado é pouco significativo quando comparados à disponibilidade hídrica. É essa realidade que o projeto Sanear Amazônia, do governo federal, está começando a mudar com a construção e instalação de tecnologia social que capta, trata e distribui água da chuva para famílias de reservas extrativistas da Região Norte do País. Só no Amazonas 296 famílias dos municípios de Carauari, Juruá e Uarini já estão aptas a passar para a construção da tecnologia social. Acre, Amapá e Pará contabilizam, no total, 206 unidades familiares cadastradas. Até o final deste mês, estima-se que 600 famílias comecem a receber os componentes físicos para instalação do sistema hídrico. O Sanear Amazônia, coordenado e implementado pelo Memorial Chico Mendes, em parceria com associações e sindicatos locais, iniciou em março deste ano com a etapa de mobilização, seleção e cadastramento das famílias. A construção e instalação da tecnologia social, última etapa do projeto, proporciona a cada família, um sistema domiciliar de captação e reserva de água de chuva, possibilitando um nível de acesso à água potável para o consumo humano em quantidade qualidade e acessibilidade durante todo o ano, inclusive com reservatórios complementares para período de pouca chuva.Para Adevaldo Dias, presidente do Memorial Chico Mendes e coordenador do Sanear Amazônia, como resultado, espera-se que as famílias beneficiadas possam obter uma melhoria na sua qualidade de vida, por meio da garantia do um direito humano de acesso água que contribua para a melhoria do bem-estar dos ribeirinhos.

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