Editorial- Finados de Carauari 

Por Hilário Viana, editor-chefe 



O dia de finados no Brasil é marcado pelo dia 02 de novembro, para fazer memória daquelas pessoas que estiveram junto conosco nesta vida terrena. Uma data nada anormal, pois, ao conferirmos no calendário, vemos que é uma data prioritária. Contudo, no município de Carauari, dia de finados, além da data marcada, deveria ser o final de cada mês. Funcionários públicos municipais, fornecedores, comércio, empréstimos consignados e toda economia do município de Carauari ficam preparados para ter que confrontar com a tristeza, choro e reclamação porque o dinheiro que é tanto arrecadado não chega ao seu destino correto e não circula na cidade. Vidas são ceifadas porque a administração municipal “mata” sem dó nem piedade a dignidade e o respeito pelo povo de ter o salário digno, para ao menos colocar o peixe e a farinha na mesa, algo devidamente sagrado. Nisto, a forma descarada de mostrar a imagem de um “homem bom” que não pensa nas futuras consequencias nem para si e para os outros, mostra o descaso famílias que ficam a mercê, sem nenhuma perspectiva de vida, em comer, beber e honrar seus compromissos financeiros. Pior que isso, pessoas que necessitam de uma passagem fluvial para tratamento de saúde, que nem conseguem na maioria dos casos, chegam na capital Manaus são esquecidas sem nenhum acompanhamento.Enquanto pessoas, gananciosas esbanjam com patrimônios duvidosos em Carauari e Manaus. Neste quesito, a “mãozinha e o sorriso” são fundamentais para achar que o problema está resolvido. Tanto do dinheiro nas arrecadações, que estariam salvando “vidas” e não matando elas. Carauari, se tornou um verdadeiro epitáfio de sepultura. No dia de finados, não faltou vela para acender no cemitério e sepulturas, porém, no final de cada mês, vai faltar porque nem isso dinheiro tem para ao menos acender para o povo falecido.

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