Editorial- Religião e Política 

Por Hilário Viana, Editor-Chefe 

A religião, aliada ao poder opressor, pode provocar a alienação do povo e, na vida política impedir o avanço de diversas questões relevantes à democracia. Ao longo da história, para exemplificar como um caso, as religiões foram utilizadas, muitas vezes, para justificar atrocidades, como a Inquisição e o Extermínio dos Povos originários das Américas. Com o avanço da ciência, nos séculos 18 e 19, o processo de secularização da política foi ganhando força . Começa-se a pensar, aos poucos, um Estado e uma Religião separados entre si. Este cenário limita o diálogo e desrespeita grupos organizados na luta pelos seus direitos. Na mão de algumas pessoas, a Bíblia é mais do que um revólver, causando estragos inseparáveis. Na verdade, fé é política não se misturam, a fim de que a fé permaneça fé e a política continue sendo política. Porém, omitir-se de participar da vida política, sem misturar a religião, é assumir o lado dos que oprimem o povo que sofre. Cabe aos cristãos, por isso, não deixar de participar da política sem intervir na religião, a fim de que a política não seja um meio de manipulação mas de serviço e doação, como o próprio Jesus Cristo fez, defendendo a vida de todos (Evangelho de João 10, 10).

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